[feel_____:THAT]

20051024

O que te falta a ti?

Foi o inloco que começou!

20051023

Falta-me


Photostill do documentário 'Falta-me' de Cláudia Varejão.
20’ Portugal 2005 - estreou dia 20 de Outubro no Doclisboa.

Cerca de uma centena de lisboetas são convidados a escrever a giz branco num quadro negro aquilo que sentem que lhes faz falta. 'Descanso' e 'companhia' repetem-se. O amor fazia falta a uma única pessoa. A Maria José Nogueira Pinto falta-lhe horizonte (a quantos mais não faltará?) e a António Vitorino, tempo. As necessidades dos nossos políticos foram alvo da risota generalizada do público, quaisquer que elas fossem - um sinal preocupante da forma como são percepcionados nos dias que correm.

Senti alguma empatia ao ver a adolescente que escreve 'verdade'. Sentiu-se a injustiça social no quadro negro da imigrante que escreve 'justiça' e a verdadeira falta de horizonte com o sem abrigo que escreve 'não sei'.
Alegria, felicidade, 3euros, uma namorada, a minha filha, um trabalho melhor... Uma estreia muito aplaudida, e a aplaudir. Do melhor que por cá se faz!

Coração Independente


Coração Independente [2004] by Joana Vasconcelos.
In sala Porta 7, Cais da Pedra - festa do 7º Aniversário do Lux.
Coração feito à imagem da peça de joalharia tipicamente portuguesa que é o coração de Viana para o restaurante Eleven em Lisboa.

Cais da Pedra


Coração Independente [detalhe] by Joana Vasconcelos.
In Festa do 7º Aniversário do Lux.

A enorme escultura de um coração de filigrana, feita com talheres de plástico vermelhos, inspira-se nas raízes da cultura popular e no lirismo do povo português. A gravação íntima do objecto decorativo típico e precioso como é o coração de filigrana em ouro é reinterpretada creativamente pela artista numa representação em grande escala utilizando um material que situa tanto a artista como a peça no seu tempo.

A peça unifica a exuberância das expressões populares e a sua transformação e adaptação ao passar dos tempos e à modernidade, enquanto que a materialidade remete para um questionar do próprio objecto cujas formas elaboradas de um vermelho vibrante translúcido comunicam o centro e a seiva da própria vida.

20051018

Shake it off - Mimi's link


Seduzir por Helena Almeida [2002].

A minha colecção de fotos online continua a expandir-se...

20051016

Amnesia


Private view at the AA.
Photos by Nicola Bailey [2000].

20051009

Diálogo


Lola by Rebecca Horn [1987].


O diálogo, em abstracto, não deveria ser difícil em si mesmo, mas muitas vezes tropeçamos no sentido das palavras e criamos conflitos onde nada os justificava. Ou tropeçamos nos conflitos justificados e utilizamos palavras sem sentido. Porquê então persistir na guerra das palavras? Trata-se de uma estranha contabilidade em que por vezes nos destroçamos. Torna-se mais fácil falar a um desconhecido do que tentar dar explicações, ou uma soma de razões, uma rede de argumentos, àqueles que nos são mais próximos.

Nas entrelinhas

Exposed by Richard Jenkins.

O texto singelo, a palavra que comunica toda-poderosa e orgulhosamente autosuficiente, pode deixar a sensação persistente de que algo ficou por transmitir. Por vezes só a imagem é reveladora das entrelinhas do texto. Assim, confissões assumidamente visuais, tanto como escritas, são um reflexo dos nossos tempos - a tirania da palavra escrita saiu do poder e a imagem ganha os votos do imediatismo.

20051003

Body Language

Turn your back on it.
Ana Mendieta: Earth Body, Sculpture and Performance, 1972-1985
Whitney Museum of American Art. Untitled [Body Tracks], 1974.

What I love is better than what you love. More profound, more compelling, sexier.
What I hate deserves it. It's more horrible and evil than what you hate.
My taste is better than yours. More developed and complex.
I'm cool. I'm hot. I love to look at myself, but I'm way too cool to look at you. And you are too pathetic not to look at me.
What are you looking at? Why are you here? Who do you think you are? What did you say?

Text by Barbara Kruger